18 de abril de 2015

Rio de nervoso

O Rio de Janeiro
Em fevereiro ferve.
É feito sexo, samba,
Suor, cerveja e
Água do mar.

É povoado de gringos
E mulatas, prostitutas,
Travestis, traficantes,
Malandros da Lapa.

É um sonho cyberpunk:
Andróides sexuais,
Fausto Fawcett,
Fuzis e granadas caseiras.
Um gozo desesperado
No meio de um tiroteio.

Mas é cidade romântica,
Oferece um amor
Em cada esquina,
Uma moça de Vinicius
E uma noite de Noel Rosa.
Dá gosto passear por suas ruas
Como fazia o João do Rio.

Juntando essas duas partes
Temos um ansioso bipolar.
Entre alegrias de carnaval
E o medo das balas perdidas,
Precisa de farmácias sempre abertas
Repletas de calmantes e soníferos;
Muitos bares para rir ou chorar
E igrejas que vendem o sucesso
Em pequenas prestações.

O Rio vibra com uma gargalhada
Histérica. Riso de nervoso.





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